Mês: julho 2022

 

O superstar entre os dermocosméticos tem sido o ácido retinóico, conhecido também como tretinoína. O ativo está sendo considerado padrão ouro no skincare por estimular a produção de colágeno e promover a renovação celular. “Este ácido está entre os ativos mais prescritos no tratamento de diversas doenças cutâneas. Tem comprovação de eficácia para redução de rugas, cicatrizes, estrias, manchas e para a produção de colágeno. Por ter tantos benefícios, tem sido o terceiro ativo mais conhecido e indicado no mercado”, conta a dermatologista Aniela Romanini.

O ácido retinóico se popularizou por oferecer a melhora de luminosidade, textura e firmeza da pele, além de reduzir rugas, uniformizar e reduzir poros. Devido a uma potente ação renovadora, o ativo age na camada mais superficial da pele e retira o excesso de células mortas. Isso auxilia também na penetração de outros produtos. Além dessas vantagens, o produto ainda tem uma poderosa ação no combate à oleosidade e à acne, devido a sua capacidade de reduzir lesões inflamatórias e suavizar cicatrizes. É prescrito também para o tratamento de melasmas e para o clareamento de manchas.

Quando usar ácido retinóico?
O ativo pode ser usado em peles jovens para o tratamento de algumas condições, como quadros de acne e manchas, por exemplo. Para peles maduras, é ideal para uniformizar tom e textura da pele, suavizar rugas e linhas de expressão. Sendo o seu principal mérito induzir reorganização e produção do colágeno na pele.

Qual a diferença do ácido retinóico e o retinol?
Assim como o ácido retinóico, o retinol também é um derivado da vitamina A. Por isso, ambos têm finalidades semelhantes. O retinol é mais suave e os resultados levam mais tempo para aparecer. Por ser menos agressivo, o retinol poderá ser indicado para peles sensíveis e com menos danos do tempo. “O retinol é quase 20 vezes menos potente que o ácido. A vantagem do uso seria para peles com irritação à tretinoína”, indica Aniela.
Já o ácido retinóico atua em níveis mais profundos da pele e, por isso, os efeitos são mais potentes, sendo visíveis mais rapidamente. Por ter altos níveis de concentração, necessitam de cuidados maiores e requerem a orientação do dermatologista.

Como incluir o ácido retinóico na rotina?
Devido à uma potente ação renovadora, o ácido retinóico pode deixar a pele sensível nos primeiros dias. Para reduzir a irritação pode ser indicado o uso em noites alternadas e acrescentado uso de hidratante e sabonetes suaves para reduzir o ressecamento da pele. O produto deve ser usado à noite, evitando a exposição solar direta. No dia seguinte, recomenda-se lavar o rosto e aplicar o protetor solar.

Pode ser usado em peles sensíveis ou com rosácea?
Segundo a dermatologista, pessoas com rosácea geralmente apresentam peles mais ressecadas e sensíveis. Desta forma, apresentam maior dificuldade para usar o ativo. “As vezes é indicado, porém com cautela. Quando temos uma rosácea controlada podemos prescrever o ativo aliado a outros tratamentos e cuidados, sempre avaliando se o custo-benefício vale a pena”, explica Aniela.

Pode ser utilizado com outros produtos?
Sim, ácido retinóico pode ser associado a outros produtos em momentos diferentes. “Tudo depende do foco do tratamento, já que o ácido é muito indicado para acne e melasmas. Por isso, a forma de uso, assim como os produtos associados podem variar”, explica a dermatologista.
Se o foco é o rejuvenescimento, boas opções para reforçar o tratamento da pele é utilizar a vitamina C pela manhã, para potencializar o aumento de luminosidade da pele, e o ácido hialurônico à noite, para repor a hidratação da pele e potencializar a redução de linhas e rugas.
Outros hidratantes também podem ser indicados para auxiliar no ressecamento da pele, além do protetor solar.

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