Para muita gente ter a pele bronzeada é sinônimo de beleza e saúde. Porém, os perigos do sol são reais e o preço que se paga é o fotoenvelhecimento.
O fotoenvelhecimento é o envelhecimento prematuro da pele causado pela exposição repetida à radiação ultravioleta (UV) e fontes artificiais de UV. Ele se difere do envelhecimento cronológico porque altera as estruturas normais da pele.
A dermatologista, Aniela Romanini, explica que, com o tempo, a pele exposta ao sol resseca, perde brilho e elasticidade, ganha manchas, rugas finas ou profundas, pintas e sardas. Além disso, os riscos do câncer se intensificam.
Na prática, quando o raio UV penetra na pele, danifica as fibras de colágeno, o que prejudica a produção natural de elastina. Isso resulta em uma pele reconstruída incorretamente. “Por isso, é importante desde cedo se proteger do sol, pois os efeitos são acumulativos”, acrescenta a dermatologista.
Para a prevenção, Aniela recomenda o uso diário de protetor solar com, no mínimo, FPS 30 nas áreas mais expostas, como: rosto, pescoço, colo, braços e mãos. O protetor deve ser reaplicado a cada quatro horas e utilizado mesmo em dias frios, nublados ou chuvosos. Na praia ou na piscina, é importante usar chapéus, óculos escuros ou guarda-sol e evitar se expor entre 10h e 16h, quando a radiação é mais forte. Outro cuidado para reduzir o stress da pele por fatores externos é cortar hábitos como o tabagismo e o consumo exagerado de álcool.
No caso de peles já comprometidas, os tratamentos podem ser boas opções para recuperar os danos causados pelo sol. Um dermatologista de confiança pode analisar quais foram os maiores danos e indicar o tratamento mais adequado. “Existem muitos cremes no mercado capazes de minimizar esses efeitos, como o Ácido Retinóico, por exemplo. Além deles, hoje ainda podemos contar com procedimentos como peelings e laser, que são ótimos aliados”, sugere Aniela.
Apesar dos inúmeros cuidados, pessoas de pele mais clara são as mais predispostas a sofrer danos mais intensos. No entanto, o fotoenvelhecimento é um problema que atinge pessoas morenas, mulatas e negras, embora, nesse grupo, os efeitos possam ser menos acentuados.